Não sei...
Hoje tudo some numa neblina densa,
O sol não aquece,
A bebida não embriaga,
A cama não esquenta,
A comida não apetece.
Os teus passos, tuas mãos,
Tuas pernas não te trazem mais.
Olho... Olho tanto para aquela porta
E você não volta,
Só soube ir... Ir e pronto!
Mas, acho que fui eu quem deixou você ir,
E de tanto te deixar,
Você me deixou.
Por que sei que
De tanto te olhar,
Você me olhou
De tanto te amar,
Você me amou,
Te tanto te querer,
Você me quis,
Te tanto eu gritar,
Você gritou
E quando eu parei,
Você continuou... Continuou...
E eu fiquei aflito e só.
Com medo de estar só.
Sem jeito de fazer-me companhia,
Sem paciência para conversar comigo.
Então, resolvi desprezar-me e mantive silêncio.
Ah! Como eu queria ser embalado
Pelos braços de algum anjo azul,
E ser aquecido e protegido,
E assim,
Poder sentir-me como se estivesse dentro de um útero
E dormir... Dormir...
Olhei mais uma vez para a porta
E você...?
Hoje tudo some numa neblina densa...
Thomas
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