Clara... Você está aí?
Clara...?
Estas paredes espreitam meus passos,
Estes sapados não me levam mais a lugar algum!
A amálgama inescrupulosa das últimas lágrimas,
Ainda permeam o meu quarto,
Ainda infringem o meu espaço,
O meu ser, o meu caco, meu asco, o meu saco!
Já me perguntei, tantas vezes,
Por que você.
Logo você, que me despreza.
Que só aparece quando quer, quando lhe convém...
Sinto-me abandonado, desprotegido,
Desguarnecido de minh´alma.
Só queria um abraço, Clara. Um único abraço.
E aí sim, minhas angústias fugiriam do teu cheiro, do teu calor,
Destes olhos tranquilos...
Ás vezes sádicos, mas mesmo assim, afáveis...
E a certeza que tenho.
A única certeza que eu tenho,
É que eu não sei...
Não sei, por que me deixo levar,
Sempre para os baús que estão etiquetados o teu nome.
Tudo aqui tem poeira,
Menos estas etiquetas.
Thomas
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