Schroeter: O amor é um estado de graça, de afastamento. Numa discussão, há alguns dias, com Ingrid Caven, ela dizia que o amor era um sentimento egoísta, pois não olha o parceiro.
Foucault: Pode-se perfeitamente amar sem que o outro ame. É uma questão de solidão. É a razão pela qual, em algum sentido, o amor é sempre cheio de solicitações de um para com o outro. É aí que está sua fraqueza, porque pede sempre algo ao outro, enquanto que, no estado de paixão entre duas ou três pessoas, há algo que permite comunicar intensamente.
Nenhum comentário:
Postar um comentário