quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Longe passa o barco que você
Não navega.
Passa o tempo que você se afoga,
Passam as horas que você morre,
Longe passam aves que migram,
E você não muda,
Não quebra,
Não desloca,
Não se mata.
Longe passam paixões que navegam,
E aí dentro desse peito,
Você afoga aquela que teve.
Essa cadeira de balanço,
Onda parada, não anda para nada,
Assim toda saudade, toda metade,
Toda partida, querendo chegada, regresso...!
Querendo andar, sem forças nos pés...
Não há sapatos que te levem,
Nem luvas de te possam caber.
E assim... Você toda separada,
Toda lembrança, toda arrancada,
Toda desejo, toda anseio.
Aspirando vida pros olhos mortos de mar...
Longe passa o barco que você
Não navega.
Correm águas que você nunca nadou,
Por que, quem não tem audácia,
Não navega nas águas bravias do amor.

Thomas

Nenhum comentário:

Postar um comentário