Os olhos cor de mel... Sim, mel!
Eram doces como tal.
E Clara não resistia aos meus beijos,
Aos meus dedos deslizando leve em suas costas despidas.
Ouvia atentamente o meu lamentar da chuva e sorria como que não se importa.
Chamava-me passando a língua nos dentes de morder lábios,
- Thomas, volte para cama!
E eu me perdia na chuva e na língua,
Na curva de sua cintura, nos quadris falantes de Clara.
Ah! Como era bela aquela visão dionisíaca e botticellesca!
Não adiantava relutar, seria um disparate relutar
e tentar de qualquer forma sair correndo na chuva,
Certamente seria uma decisão errônea.
Corri para os braços de Clara e pensei:
- Sozinho não, junto sim.
Puxei-a pela mão e dançamos na chuva,
Amei-a com furor e deleite até a exaustão!
Acordei, como sempre, sozinho e molhado.
Thomas
Nenhum comentário:
Postar um comentário