Deixe-me errar, dar com a boca no chão,
sentir o cascálho nos dentes
Assim, como é preciso comer a carne e beber
o sumo doce do fruto passageiro da paixão
Deixe-me errar e descobrir que
o que eu perdi
era bom
e se foi sem piedade
Deixe-me errar em paz!
Deixe-me sentir o gosto do Morcego que grita;
- Volte Fulana, porque a Loucura não me dá trégua, volte agora eu tenho pressa!
E Fulana não irá voltar, por que estará nos braços da Distância...
Deixe-me cair e sentir a sensação da queda e da dor,
Ter os joelhos doloridos,
Deixe-me errar em paz!!
Thomas